segunda-feira, 6 de setembro de 2010

texto de leonardo boff

Damos por já realizada a demolição crítica do sistema de consumo e de produção capitalista com a cultura materialista que o acompanha. Ou o superamos historicamente ou porá em grande risco a espécie humana.
A solução para a crise não pode vir do próprio sistema que a provocou. Como dizia Einstein:"o pensamento que criou o problema não pode ser o mesmo que o solucionará". Somos obrigados a pensar diferente se quisermos ter futuro para nós e para a biosfera. Por mais que se agravem as crises, como na zona do Euro, a voracidade especulativa não arrefece.

O dramático de nossa situação reside no fato de que não possuimos nenhuma alternativa suficientemente vigororosa e elaborada que venha substituir o atual sistema. Nem por isso, devemos desistir do sonho de um outro mundo possível e necessário. A sensação que vivenciamos foi bem expressa pelo pensador italiano Antônio Gramsci:"o velho resiste em morrer e o novo não consegue nascer".

Mas por todas as partes no mundo há uma vasta semeadura de alternativas, de estilos novos de convivência, de formas diferentes de produção e de consumo. Projetam-se sonhos de outro tipo de geosociedade, mobilizando muitos grupos e movimentos, com a esperança de que algo de novo poderá eclodir no bojo do velho sistema em erosão. Esse movimento mundial ganha visibilidade nos Fórums Sociais Mundiais e recentemente na Cúpula dos Povos pelos direitos da Mãe Terra, realizada em abril de 2010 em Conchabamba na Bolivia.

A história não é linear. Ela se faz por rupturas provocadas pela acumulação de energias, de idéias e de projetos que num dado momento introduzem uma ruptura e então o novo irrompe com vigor a ponto de ganhar a hegemonia sobre todas as outras forças. Instaura-se então outro tempo e começa nova história.

Enquanto isso não ocorrer, temos que ser realistas. Por um lado, devemos buscar alternativas para não ficarmos reféns do velho sistema e, por outro, somos obrigados a estar dentro dele, continuar a produzir, não obstante as constradições, para atender as demandas humanas. Caso contrário, não evitaríamos um colapso coletivo com efeitos dramáticos.

Devemos, portanto, andar sobre as duas pernas: uma no chão do velho sistema e a outra no novo chão, dando ênfase a este último. O grande desafio é como processar a transição entre um sistema consumista que estressa a natureza e sacrifica as pessoas e um sistema de sustentação de toda vida em harmonia com a Mãe Terra, com respeito aos limites de cada ecossistema e com uma distribuição equitativa dos bens naturais e industriais que tivermos produzido. Trocando idéias em Cochabamba com o conhecido sociólogo belga François Houtart, um dos bons observadores das atuais transformações, convergimos nestes pontos para a transição do velho para o novo.

Nossos paises do Sul devem em primeiro lugar, lutar, ainda dentro do sistema vigente, por normas ecológicas e regulações que preservem o mais possível os bens e os serviços naturais ou trate sua utilização de forma socialmente responsável.

Em segundo lugar, que os paises do grande Sul, especialmente o Brasil, não sejam reduzidos a meros exportadores de matérias primas, mas que incorporem tecnologias que dêem valor agregado a seus produtos, criem inovações tecnologias e orientem a economia para o mercado interno.

Em terceiro lugar, que exijam dos paises importadores que poluam o menos possível e que contribuam financeiramente para a preservação e regeneração ecológica dos bens naturais que importam.

Em quarto lugar, que cobrem uma legislação ambiental internacional mais rigorosa para aqueles que menos respeitam os preceitos de uma produção ecologicamente sustentável, socialmente justa, aqueles que relaxam na adaptação e na mitigação dos efeitos do aquecimento global e que introduzem medidas protecionistas em suas economias.

O mais importante de tudo, no entanto, é formar uma coalizão de forças a partir de governos, instituições, igrejas, centros de pesquisa e pensamento, movimentos sociais, ONGs e todo tipo de pessoas ao redor de valores e princípios coletivamente partilhados, bem expressos na Carta da Terra, na Declaração dos Direitos da Mãe Terra ou na Declaração Universal do Bem Comum da Terra e da Humanidade (texto básico do incipiente projeto da reinvenção da ONU) e no Bem Viver das culturas originárias das Américas.

Destes valores e principios se espera a criação de instituições globais e, quem sabe, se organize a governança planetária que tenha como propósito preservar a integridade e vitalidade da Mãe Terra, garantir as condições do sistema-vida, erradicar a fome, as doenças letais e forjar as condições para uma paz duradoura entre os povos e com a Mãe Terra.




Leonardo Boff é autor de Tempo de Transcendência, 2009 (Vozes).

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

atividade 2.5-portifolio de uma aula

Hoje na aula do curso aprendendo e ensinando, nós a professora Milene, criamos uma aula sobre sobre a a reserva natural da cidade de Coxim.


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Entrevista com Antonio Nóvoa(O PROFESSOR PESQUISADOR E REFLEXIVO)

Antonio Nóvoa leva-nos a refletir sobre a prática do professor que reflete sua prática docente, principalmente diante da grande diversidade cultural e econômica no seio de nossas escolas o professor tem que destrinchar esse emaranhado de situações que né a sala de aula. que muitas das vezes se encontra sozinho e tendo que administrar sertasa situações que não foi preparado para isso, pois as nossas universidades às vezes pecam na formação de nossos docentes para enfrentar esses desafiosde como enfrentar 0os dois extremos da nossa sociedade:hora por pobreza material e intelectual ora por uma riqueza material e muitas das vezes não social. pois hoje em nossas escolas tambem nos deparamos com todo tipo de raça e etnias e nesse moldes não segue um ambiente educativopara todos como eram em tempos remotos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

nte

A necessidade de continuar aprender mesmo depois de formado tem sido uma exigência do mercado de trabalho. As pessoas que estão hoje em qualquer tipo de atividade sabem que devem estar sempre aprimorando para enfrentados novos desafios. Neste contexto, a aprendizagem continuada apresenta-se como necessidade para manter a posição que ocupam.
O conceito de aprender está muito vinculado ao de ensinar, pois nas concepções atuais mostram que a ação de ensinar pode provocar diferentes tipos de aprendizagem.
A palavra ensinar significa: por signo, colocar signo já aprender significa aprender, prender, compreender. Aprender significa memorizar a informação que é transmitida. Essa aprendizagem será melhor quanto mais for a capacidade de reproduzir a informação recebida, na educação pode assumir uma dimensão de construção do conhecimento.
A criança antes de entrar na escola é motivada para a aprendizagem. PIAGET mostrou que as pessoas tem uma capacidade de aprender a todo o momento desde os primeiro minutos de vida, pois o ser humano é a única espécie intencionalmente acumula cultura e valores e dedica um enorme esforço em passá-los pára outros elementos da comunidade, entendem os diferentes níveis de conhecimentos e graus de dificuldades das outras pessoas e são capazes de se educarem apropriadamente.
A esses níveis, pois essa experiência de aprender e ensinar são prazerosa e Não nos damos conta de que estamos aprendendo ou ensinando. No entanto, experiência ótima não é atingida por meio de atitudes passivas ou fáceis, mas, em geral, ela acontece quando as pessoas estão inteiramente envolvidas, mergulhadas na situação e dando o máximo de si. Quem já não observou o prazer e, ao mesmo tempo, o sofrimento de uma criança aprendendo a andar ou falar?
Já na idade adulta, depois que a pessoa deixa a vida profissional e passa a fazer o que gosta pode desenvolver uma grande aprendizagem, pois pode resolver problemas ou projetos específicos de superação de desafios impostos pelo próprio indivíduo, pois é uma aprendizagem construída e não simplesmente memorizadas. No entanto, hoje no Brasil todas as Universidades oferecem programas educacionais para a Terceira Idade e é um sucesso, geralmente essas instituições geram uma estrutura física e administrativa própria, com currículo diferenciado e metodologia que atende aos seus anseios.
A aprendizagem que acontece na infância e na Terceira idade é possível graças a criação de ambientes adequado e a presença de pessoas que funcionam como agente que favorecem a construção o conhecimento,, pois dessas observações é possível concluir que devemos criar ambientes de aprendizagem com atividades, objetivos e materiais de suporte pedagógicos determinados, entretanto, não basta deixar os aprendizes sozinho interagindo nesse ambiente, pois, sem ajuda, a experiência de aprender pode ser frustrante.
Para tanto o educador precisa conhecer seu aluno e com ele pensar e agir diante de desafios, pois o educador deve saber desafiar os alunos, criar condições para que o aprendiz desenvolva predisposição para a aprendizagem.
No entanto, está ficando cada vez mais evidente que a sociedade está preocupada com a disseminação de outros ambientes de produção de bens e serviços . Finalmente a escola está se tornando um buraco negro na vida das pessoas, consumindo um tempo significativo de seu tempo. A ironia é que a instituição que mais pode contribuir para e se beneficiar da aprendizagem continuada ao longo da vida é a que menos tem se mobilizado para tal.

AS SEREIAS DO ENSINO ELETRONOCO

As novas tecnologias tem um grande potencial para trazer grandes mudanças na educação. O segredo sempre foi um exercício de simplicidade, penetrar co m modéstia e determinação nos dilemas fundamentais da existência humana, atualmente perturbadas pelos avanços sociais e tecnológicos. Neste contexto, valoriza-se mais a intenção e a troca de informação entre professores e alunos com estímulos a criatividade, para isso não basta introduzir tecnologias, pois o fundamental é pensar em como elas são disponibilizadas, como seu uso pode efetivamente desafiar as estruturas existentes em vez de reforçá-las.
Em nossas escolas quais seria o uso mais revolucionário das tecnologias? Aqueles em que os alunos seguem receitas passo-a-passo?
A educação deveria servir exatamente para que descubramos que sabemos que podemos que estamos preparados e que queremos mais.
A internet é mais valiosa para a educação como matéria prima de construção do que como mídia. Assim, em vez de entrar em um ambiente pré construído, que os próprios estudantes construam os seus conhecimentos.